No frottage o artista utiliza um lápis ou outra ferramenta de desenho e faz uma "fricção" sobre uma superfície texturizada. O desenho pode ser deixado como está, ou pode ser utilizado como base para aperfeiçoamento. Embora superficialmente similar à fricção em latão e à outras formas de "esfregar", visando reproduzir um objeto já existente, a técnica do frottage difere por ser aleatória.
Foi desenvolvido pelo pintor, escultor e artista gráfico alemão, Max Ernst, em 1925. Ernst inspirou-se em um antigo piso de madeira, no qual os grãos e as marcas nas tábuas haviam sido acentuados - em consequência dos muitos anos sofrendo ações do atrito. Os padrões da "granulação" como motivos, lhe sugeriram estranhas imagens. Ele os registrou deitando folhas de papel sobre o chão, esfregando-as e marcando-as, sobre a textura, com o auxílio de um lápis macio.
A técnica também é utilizada na arte postal.
Neste sentido, o desenho é encarado tanto como processo quanto como resultado artístico. No primeiro caso, refere-se ao processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a pressão de uma ferramenta (em geral, um lápis, caneta ou pincel) e movendo-a, de forma a surgirem pontos, linhas e formas planas. O resultado deste processo (a imagem obtida), portanto, também pode ser chamada de desenho. Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente como uma composição bidimensional formada por linhas, pontos e formas.
O desenho envolve uma atitude do desenhista (o que poderia ser chamado de desígnio) em relação à realidade: o desenhista pode desejar imitar a sua realidade sensível, transformá-la ou criar uma nova realidade com as características próprias da bi dimensionalidade ou, como no caso do desenho de perspectiva, a tridimensionalidade.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
A proposta consiste em observar os aspectos da paisagem do local sob o enfoque do desenho, abrindo essa experiência para o ponto de cultura e sustentabilidade, por meio de oficinas de desenho ao ar livre.
O contato com a natureza será o fio condutor para o exercício do desenho artístico.
Pode-se partir do exercício noções básicas da linguagem do desenho; perspectiva e desenho de observação.
O deslocamento das atividades para os espaços verdes desperta o interesse dos alunos não somente para as atividades artísticas, mas também para as questões ambientais.
Poderão ser utilizados materiais como lápis grafite, papel canson, papel reciclado, borracha, etc.
O que é um herbário
É uma coleção de plantas prensadas e secas, dispostas segundo determinada ordem e disponíveis para referência ou estudo.
Um herbário pode conter algumas centenas de exemplares colhidos num determinado local, ou, geralmente, ser composto de milhões de exemplares, acumulados ao longo de muitos anos e que documentam a flora de um ou mais continentes.
O objetivo geral da gestão de um herbário é a colheita e conservação de exemplares de plantas com as respectivas etiquetas. Destas etiquetas fazem parte elementos referentes ao local e data da colheita, nome do coletor e a identificação da espécie em questão (bi nome latino seguido do nome do classificador).
A formação de herbários iniciou-se no século XVI em Itália, como coleções de plantas secas e cosidas em papel.
Lineu (1707-1778), designado como o “pai da taxonomia” aparentemente popularizou a pratica corrente de montar os exemplares em simples folhas de papel e guardá-las horizontalmente. Este botânico foi quem fez uma das principais obras de referência (Species plantarum, 1753), a partir da qual se passaram a designar as plantas pelo bi nome latinas.
Para que serve?
Para referenciar e permitir identificar facilmente as plantas. A identificação é feita com base em floras, que são livros que contêm chaves e descrições que permitem distinguir as várias famílias, géneros, espécies, entre outras categorias taxonômicas.
As chaves de identificação são feitas com conjuntos de caracteres morfológicos das plantas. Para observar estes caracteres, por vezes, é necessário recorrer a lupas. As plantas têm um nome científico (composto por duas palavras em latim, a 1ª referente ao género e a 2ª à espécie, seguidas do nome do classificador), que é o mesmo em qualquer parte do mundo. As designações vulgares variam regionalmente e podem não corresponder a uma única planta.
Como se faz uma prensa para secar o material para conservar no herbário?
Material necessário
2 placas de madeira (dimensões sugeridas – 40x30 cm), com um furo a 2,5 cm de cada um dos quatros cantos
4 parafusos compridos com porcas de orelhas e jornais.
Procedimento
Sobre uma das placas de madeira colocar vários jornais, depois um exemplar completo da espécie a herborizar (com caule, folhas e flores/frutos, eventualmente raízes) dentro de um jornal e, novamente, jornais vazios. Não se esquecer de colocar junto a cada planta colhida uma etiqueta com os seguintes elementos: nome da planta (científico, se conhecido, ou vulgar), local da colheita (o mais pormenorizado possível, com distrito, concelho, lugar, ecologia, se é seco/húmido, próximo de caminhos, altitude, etc.) data da colheita, nome do coletor.