Por que dia 19 de Abril?
O Dia
do índio, 19 de abril, foi
criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540
de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças
indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso
Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam
boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações
não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este
congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também
sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos
indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao
instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou
sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.
As
sociedades
Os índios sobrevivem. Não apenas
biologicamente, mas também do ponto de vista das tradições
culturais, segundo comprovam estudos recentes, os quais demonstram
que a população indígena vem aumentando rapidamente nas últimas
décadas. Hoje, os cerca de 220 diferentes povos somam mais de 800
mil pessoas, que falam 180 línguas distintas. Os índios vivem nos
mais diversos pontos do território brasileiro e representam, em
termos demográficos, um pequeno percentual da população de mais de
190 milhões de habitantes do Brasil. Todavia são um exemplo
concreto e significativo da grande diversidade cultural existente no
País.
As línguas indígenas
A língua é o meio básico de
organização da experiência e do conhecimento humanos. Quando
falamos em língua, falamos também da cultura e da história de um
povo. Por meio da língua, podemos conhecer todo um universo
cultural, ou seja, o conjunto de respostas que um povo dá às
experiências por ele vividas e aos desafios que encontra ao longo do
tempo.
Embora o português seja a língua
oficial no Brasil, deve haver por volta de outras 200 línguas
faladas regularmente por segmentos da população. Um exemplo são os
descendentes de imigrantes italianos, japoneses etc., que em
determinados contextos falam a língua materna.
Ainda hoje, muitos índios falam
unicamente sua língua, desconhecendo o português. Outros tantos
falam o português como sua segunda língua. O lingüista brasileiro
Aryon Dall'Igna Rodrigues estabeleceu uma classificação das línguas
indígenas faladas no Brasil, sendo esta a mais utilizada pela
comunidade científica que se dedica aos estudos pertinentes às
populações indígenas.
As línguas são agrupadas em
famílias, classificadas como pertencentes aos troncos Tupi, Macro-Jê
e Aruak. Há Famílias, entretanto, que não puderam ser
identificadas como relacionadas a nenhum destes troncos. São elas:
Karib, Pano, Maku, Yanoama, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura,
Nambikwara e Guaikuru.
Além disso, outras línguas não
puderam ser classificadas pelos lingüistas dentro de nenhuma
família, permanecendo não-classificadas ou isoladas, como a língua
falada pelos Tükúna, a língua dos Trumái, a dos Irântxe etc.
Ainda existem as línguas que se
subdividem em diferentes dialetos, como, por exemplo, os falados
pelos Krikatí, Ramkokamekrá (Canela), Apinayé, Krahó, Gavião (do
Pará), Pükobyê e Apaniekrá (Canela), que são, todos, dialetos
diferentes da língua Timbira.
Estima-se que cerca de 1.300 línguas
indígenas diferentes eram faladas no Brasil há 500 anos. Hoje são
180, número que exclui aquelas faladas pelos índios isolados, uma
vez que eles não estão em contato com a sociedade brasileira e suas
línguas ainda não puderam ser estudadas e conhecidas.
O Índio hoje
Hoje, no Brasil, vivem 817 mil
índios, cerca de 0,4% da população brasileira, segundo dados do
Censo 2010. Eles estão distribuídos entre 688 Terras Indígenas e
algumas áreas urbanas. Há também 82 referências de grupos
indígenas não-contatados, das quais 32 foram confirmadas. Existem
ainda grupos que estão requerendo o reconhecimento de sua condição
indígena junto ao órgão federal indigenista.
Vídeo sobre os Índios Mundurukus em um espaço de Itapecerica da Serra.
Existe
um órgão do governo federal que cuida dos interesses dos povos
indígenas, preservam suas riquezas e sua cultura. A FUNAI - Fundação Nacional do Índio - cumpre com o disposto na Constituição
Brasileira de 1988.
Fonte:
FUNAI
– Fundação Nacional do Índio




















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